Cristian:
Eu fiquei observando enquanto o Josh fechava a porta se despedindo da Eloá, a última pessoa a ir embora depois da reunião do grupo.
- Eu acho que a Eloá gosta de você cara. – falei sentando no sofá.
- Eu sei. – ele suspirou. – mas não gosto de garotas grudentas.
Eu ri.
- Aham, eu sei qual o seu tipo de garota. – disse.
- E que tipo de garota eu gosto? – Josh perguntou levantando a sobrancelha.
- Ah, sei lá! – comecei. – Uma garota legal, que estuda em certa escola igual a sua e que trabalha em uma certa loja de CDs...
Ele revirou os olhos e ia dizer algo quando a Angélica entrou na sala.
- Desculpem interromper, mas é pra avisar que o jantar vai demorar um pouco.
- Tudo bem Angel. – Josh falou – Já avisou à minha mãe?
- Sim senhor, já avisei!
- Ok então!
A Angélica sacudiu afirmativamente a cabeça e saiu da sala.
- E agora, já que o jantar vai demorar... sei lá! Nessa casa tão grande não tem uma sala de jogos? – perguntei na brincadeira.
- Tem sim! Fica lá em cima, quer ir jogar? – ele disse inocentemente.
- Cara, - falei – eu estava brincando!
O Josh riu.
- Eu sei. Mas antes eu tenho que passar no meu quarto pra pegar a chave da sala.
- Como sim? A sala fica trancada? – perguntei.
- Claro que sim! – o Josh exclamou - Da última vez que eu deixei a sala destrancada, a minha mãe inventou de jogar no meu Nintendo Wii e quebrou o controle! Proibi todo mundo de entrar naquela sala.
Surpreendentemente, só precisamos subir um lance de escadas para chegar ao quarto do Josh.
- Pode entrar. – ele falou entrando no quarto.
O quarto dele era claro e não muito grande. Pelo menos era menor do que o meu. A janela ocupava quase o espaço inteiro da parede do lado direito, a cama dele era de solteiro e estava de frente para a janela. Ao lado esquerdo da porta estava um grande guarda roupa e havia um pequeno sofá encostado em um canto.
O Josh foi procurar a chave na gaveta do criado-mudo e, enquanto isso, observei na parede alguns quadros. Em um deles havia a foto de dois meninos, um parecia com o Josh, o outro tinha o cabelo bem preto e olhos que pareciam ser azuis, eu não o conhecia.
- Ei Josh. – falei – Quem é esse garoto?
- Ah, - ele falou sem graça – É o meu irmão...
- Irmão? – perguntei dessa vez surpreso – Eu não sabia que você tinha um irmão!
- É uma longa história... – ele começou.
Então, ele me contou tudo em resumo enquanto subíamos mais escadas indo para a sala de jogos. A história de um tal de Esmond, que não era irmão de verdade dele - mas era como se fosse -, que tinha ido embora a três anos atrás deixando apenas uma carta e um livro.
- Caramba. – falei – Sinistro!
- Pois é! – ele disse.
Entramos em um corredor que só tinha uma porta. Ela era diferente das outras, era maior tanto na largura quanto na altura e tinha a cor preta. Ele abriu a porta com a chave e nós entramos, parecia que eu estava em um sonho.
Logo na entrada dava para ver uma grande TV de tela plana, uma estante com um Nintendo Wii e um Playstation 4 e um sofá na frente da grande TV. No lado direito havia uma grande mesa de totó, de sinuca e um tênis de mesa, no lado esquerdo três máquinas de jogos e um simulador de Fórmula 1.
Respirei fundo e disse na brincadeira.
- Ah, eu ficaria mais impressionado se tivesse uma montanha russa.
- Nos fundos da casa tem uma. – ele disse.
- O quê?! - exclamei.
- Calma, - ele riu – é brincadeira. Montanha Russa é demais.
Nessa hora ouvi um som de telefone tocando. O Josh foi ao lado da porta atender e percebi que na verdade era um interfone.
- Tá bom. – ele disse – Estamos descendo.
Ele desligou e se virou para mim.
- O jantar está servido.
- Ei, - falei – vocês usam um interfone para se comunicar?
- É! – ele respondeu – A casa é muito grande. Imagine o trabalho de subir essas escadas para chamar alguém. Tem interfone em todas as salas e quartos, exceto no escritório da minha mãe e do meu pai.
- Tá bom – falei indiferente.
Gente rica era uma coisa. Gente milionária era outra completamente diferente...
Depois do jantar delicioso, que teve de sopa alemã até em pão de mel como sobremesa, com o Josh e a mãe dele – o pai dele, um empresário dono de um monte de empresas, teve que ficar até tarde no trabalho -, eu fui até a cozinha agradecer à Angélica pela deliciosa comida. Ela não estava sozinha, tinha mais duas cozinheiras que, quando eu agradeci, ficaram vermelhas como um tomate. Então, nós dois fomos à sala de jogos para jogar – é claro que eu não ia desistir de jogar lá, aquela sala era um sonho. Resolvemos jogar uma partida de totó.
- E aí Ian – o Josh falou enquanto tentava fazer um gol e eu, com agilidade, fazia meu goleiro defender – Quando você vai se declarar de vez para a Déa?
Nessa hora me distraí e o Josh fez um gol.
- Tá tão assim na cara? – respondi sério.
- Fala sério Ian, o mundo inteiro já sabe que você gosta da Andressa, dá pra ver quando você olha para ela. – ele falou defendendo um quase gol meu.
- É, você também não disfarça muito sabe?! – rebati.
- O quê? – ele disse se distraindo. Eu fiz um gol e revirei meus olhos.
- Eu quis dizer que tá na cara que você gosta da Lê. – falei.
- Não sei do que você está falando. – ele disse se concentrando demais no jogo.
- Aham. – falei simplesmente.
- É diferente. – ele rebateu. – Eu e a Lê... é um pouco complicado!
- Como assim? – perguntei curioso. O Josh fez outro gol.
- É uma longa história.
- Pode contar, sou todo ouvidos.
Então ele me contou que a Lê tinha lido a carta do Esmond e que, por causa disso, eles tiveram todo um desentendimento.
- Mas – ele continuou. – nós somos meio que amigos agora, e nem sei se ela gosta de mim. Ao contrário da Déa, que é apaixonada por você.
Eu ri.
- Você acha? – perguntei.
- Eu não acho, tenho certeza. – ele disse.
A essa altura, ele estava ganhando de 12 a 8.
- Ela zomba tanto de mim... – desabafei.
- Claro, é muito fácil zombar de você perdedor!
Eu ri novamente.
- Tudo bem, vou ver no que isso vai dar.
- Posso pedir uma coisa? - ele perguntou.
- Claro. - respondi.
- Não diz para a Lê que eu te contei essa história, ela pode ficar chateada...
- Tudo bem! - concordei.
Quando o Josh estava ganhando de 21 a 15 resolvi olhar para o relógio e vi que eram 11 horas da noite. Nós descemos e ele chamou o motorista que ia me dar uma carona para casa. Fiquei o caminho todo pensando na Andressa.
FIM OFICIAL.
OBS: Até o final de ano povo! o/ Obrigada para quem leu!
hihihi, gostei do capítulo extra! agora tá na cara que Josh gosta da Letícia :D você só vai voltar no fim do ano? como assim? NÃO PODE ):
ResponderExcluirah, se tivesse uma montanha russa na casa era demais, uahsiuahsiuahsiuahsiu!
beijos, Amanda
Assim sendo ;)
ResponderExcluirNão vou ter tempo de postar história não... :/
ahsuahs
POis é... mas bem que podia ter uma montanha russa né?
olá , desculpe a invasão e não deixar um comentário decente !
ResponderExcluirvim te convidar para participar do Prêmio Literário [http://ppliterario.blogspot.com] ; é um concurso de contos ..
se você se interessar , não deixe de participar !
conto com sua participação
beijos !
Oi!!!
ResponderExcluirLá no meu blog deixei um selinho literário para o História Sem Título, dê uma olhada http://balsamodoslivros.blogspot.com.br/2013/02/selo-versatile-blogger.html
Beijos.