terça-feira, 9 de junho de 2009

O resto do dia passou calmamente, eu revi todos os meus colegas, rimos juntos... enfim foi um dia muito feliz pra mim. Foi, no passado, porque o dia passou bem rápido e , nem sei como, já era 12:30 e eu estava saindo da escola e indo para casa.
Fui ao ponto, peguei o ônibus e cheguei em casa.
A casa em que eu morava era simples mas muito bonita, as paredes do lado de fora era de um amarelo loiro, havia um pequeno jardim que eu cuidava para passar o tempo com uma enorme árvore em que eu me recostava e ficava lendo os meus livros. Dentro da casa, os móveis não eram todos novos, mas eram coisas que com certeza tinha alguma tecnologia envolvida – consequências desse mundo globalizado e capitalista.
Olhei em volta por puro hábito, mas como sempre, não tinha ninguém a essa hora.
Minha mãe trabalhava muito, saiam cedo e chegavam tarde, quase nunca a via, então geralmente eu ficava sozinha em casa e, para ajudar a minha mãe, eu limpava tudo e fazia a comida quando dava. Sempre que eu fazia isso ela deixava um bilhete na geladeira dizendo que muito obrigada e que me amava muito apesar de pouco nos vermos. Meu pai eu nunca conheci, ele abandonou minha mãe quando descobriu que ela estava grávida, na época os dois tinham 16 anos, assim como eu tenho agora.
Eu ainda estava feliz pelo dia maravilhoso que eu tive, mas minha felicidade logo se esgotou quando eu lembrei que hoje eu tinha que ir trabalhar. Subi as escadas pro meu quarto e larguei a minha mochila na cama.
O meu quarto não era grande, mas também não pequeno, eu sempre digo que o meu quarto tem o tamanho suficiente para mim. A parede tem a cor lilás, o meu computador fica em um canto perto da minha janela, a cama de solteiro é bastante confortável para mim e no meu guarda roupa não tinha muita variedade de roupas já que geralmente eu só uso calça jeans e camiseta. Eu tinha também um aparelho de som, todos os meus CD’s estavam em volta dele. Eu tive que agradecer o meu grande estoque de Cd’s a loja em que eu trabalho. Fiquei com raiva quando lembrei – novamente - que iria trabalhar.
Me olhei no espelho. Eu parecia com a minha mãe, cabelos negros, pele morena, olhos castanhos escuros. Eu tinha certeza que tinha alguns traços do meu pai, isso porque minha mãe sempre dizia que o meu sorriso era igualzinho ao dele.
Balancei a cabeça e fui à cozinha preparar algo para comer. Fui na geladeira, abri o freezer e peguei uma pizza pronta, tirei da embalagem, coloquei em um prato e enfiei no microondas. Quando a pizza ficou pronta, eu a comi rapidamente e lavei os pratos. Parei um momento me lembrando sobre o que eu teria que fazer – tomar banho!
Subi as escadas e fui direto ao banheiro, liguei o chuveiro na água quente, ela me fez relaxar. Fiquei por alguns minutos debaixo da água e resolvi sair, precisava saber as horas já que hoje eu tinha que trabalhar, eu não queria me atrasar, mais uma vez.
Me vesti e olhei o relógio, quinze para as três da tarde, estava com certeza atrasada. Droga, droga dupla!
Fui rapidamente para o meu quarto, peguei a minha mochila e desci as escadas, quando cheguei lá embaixo peguei minhas chaves e saí, batendo a porta. Fui quase correndo em direção ao ponto de ônibus e, assim que eu cheguei, por sorte, o ônibus que servia para mim chegou. Suspirei aliviada, entrei nele, paguei o cobrador e fui sentar em um dos bancos.
O ônibus estava bem rápido e em menos de 10 minutos cheguei ao meu destino, loja Fratella Cd’s e DVD’s.
Eu trabalhava aqui desde o final do ano passado, três vezes por semana das quinze às dezenove horas e nunca entendi o nome dessa loja, nem mesmo a dona ou a ex-dona sabia o porque desse nome, o importante é que essa era a loja do momento, fazia o maior sucesso por vender os CD’s que estavam nas paradas, das melhores bandas e cantores... enfim, não importava de quem você era fã, o importante é que, com certeza, o Cd estaria aqui.O melhor dessa loja era a variedade de estilos.
Respirei fundo e entrei na loja, com certeza devo ter entrado com o pé esquerdo ao invés do direito porque quem me recebeu foi a minha chefa Grace.

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